sábado, 1 de agosto de 2015

RAIOS DE LUZ.



















foto da net


Intangível a dor imersa das correntes
Nelas se escondem mares e horizontes
Por fora dançam ritos de contentes
Por dentro choram como bicas de fontes

Corre no ar a nudez de mordazes espinhos
Deixados em leitos fúteis ventres de vidas
Nas estrelas os pássaros fazem seus ninhos
Silêncios que rodopiam de erosões perdidas

Olhar ténue repousando sombras obscuras
Onde o vulcão eclode e clareia o momento
Cuja lava faz despertar monções de ternuras 

Desapertando seus laços, de sentimento

Palavras que voam em raios de luz
Como borboletas repletas de cor
Ao reino célico de estrelas as conduz
Onde soltam mananciais de puro amor

Nesse pulsar de ânsias incontidas
Pirâmides que enfrentam vendavais
Nem o marulhar de ondas atrevidas
Arrancam seus barcos, do cais!

BEIJAFLOR

3 comentários:

  1. Belíssimo! Vou dizer-te João as duas 1ªas quadras com dois tercetos dariam um soneto, como li poucos, o poema está excelente tal como está, mas sabes que eu adoro sonetos e acho difícil penso que não é para qualquer um a criação desta forma poética, então quando encontro quadras que à minha sensibilidade me caem bem, fico com pena que o Poeta não lhe desse o jeito de soneto...
    É como dizes sou poeta sonhadora...deixa pra lá. Beijos

    ResponderEliminar
  2. E nas duas seguintes estão os tercetos com bastante força poética como requer o finalizar o soneto.
    Vês continuo a ler e a pensar que tenho razão, sou uma intrometida, desculpa.

    ResponderEliminar
  3. Olá Natália

    Sou um rebelde apaixonado pelas rimas. Podia de facto fazer outras coisas mas é isto que me dá prazer! Seja como for fico muito contente por saber tua opinião que considero avalizada na matéria.

    Quem escreve poesia só pode ser sonhador! Embora não me considere, o sonho, esse existe sem limites!

    Uma amiga nunca é intrometida, bem pelo contrário, merece toda a credibilidade e atenção.

    Só tenho a agradecer.

    Beijos

    ResponderEliminar