sexta-feira, 15 de maio de 2015

LÁGRIMAS NO CAIS.
















Foto da net

Lágrimas torcidas de vocábulos declinadas
De naus que naufragaram em seus desertos
Centelhas de amor ardente nelas prostradas
Em cais de destino, perdidas sem rumos certos.

Alma ferida, eternamente desassossegada
Clama por amores que hão de nascer do nada
Deixa-se levar em forte corrente desenfreada
Em torturas de desejos procurando sua fada.

Neste parir de palavras em agonia
Onde a sombra disfarça desalento
Do ventre das noites se fará dia
E das entranhas, vem o tormento.
.
Das pedras gastas do cais
Gritos lancinantes de dores
Que escondem imensos ais
Devastando vidas, amores.


BEIJAFLOR

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